sexta-feira, 28 de agosto de 2009

The Taittiriya Upanishad

"O Lord of Love, revealed in the scriptures,
Who have assumed the forms of all creatures,
Grant me wisdom to choose the path
That can lead me to immortality.
May my body be strong, my tongue be sweet;
May my ears hear always the sound of OM,
The supreme symbol of the Lord of Love,
And may my love for him grow more and more.

Lord, may I grow in spiritual wisdom,
And may I have food and clothes and cattle.
May students come to me from far and near,
Like a flowing river all the year;
May I be enabled to guide them all
To train their senses and still their minds;
May this be my whealth, may this be my fame.
O Lord of Love, may I enter into you,
And may you revel yourself unto me,
The pure One masquerading as many.
You are the refuge of all devotees.
I am your devotte. Make me your own."

(From the ancient wisdom of a classical spiritual indian book, The Upanishads, may this pray be in the heart of all the ones that want to help)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

He

He is there, looking at me...
He jumps and flies,
Here and there.
And he knows...
That I know...
Who he is...
He dwells on me,
As much as I dwell on him.
He is me with wings,
And I am him with skin.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Só por hoje.
Só por hoje deixo as lágrimas de tristeza correrem
Sou luz, mas também sou sombra.
Só por hoje lamento
A falta de uma casa
A falta de um colo
A falta de meus pais
A falta de carinho
A falta de atenção
A falta de certezas.
Só por hoje.
Deixo a dor me penetrar e brincar pelo meu corpo.
Deixo o vazio pesar
Deixo o medo rir de mim.
Só por hoje não vejo tudo pelo lado positivo
Não vejo a vida como mágica e linda
Tiro o riso aberto do meu rosto.
Só por hoje.
Só por hoje durmo com o coração apertado
E peço pra vida escutar minhas preces
E rezo para que amanhã tudo volte a ser como está sendo.
E será.
Só por hoje me sinto mais humana, e desse mundo, do que nunca.

Janeiro/2009

Economizo palavras
É no silêncio que sou.
Só, por destino
Talvez já seja quase bicho.
Falo menos
Escuto mais.
Estendo os braços
Delimito meu espaço.
Ele é meu corpo
Minha mente
Meu cordão.
Ele é minha alma.

Economizo beijo
Provar é bom quando se tem desejo.
De resto é agir no vazio.
Sou rocha maleável
Sou o calor que está por vir
Sou cheia de sinais amarelos
Até sentir o chão firme.
Se minha vida fosse um filme
Não seria Cinderela.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Yes

Yes, I can feel your joy.
Yes, I can feel your pain.
Yes, I bow to your resasons.
Yes, I bow to your sorrow.
Yes, I share your tears and falls.
Yes, I share you blesses and laughs.
Yes, I feel you through my senses.
I feel you through my heart.
Through my soul..
Cause we are one.
I´m your dust,
and you are mine.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Labirinto

Cansada que estou
Se tivesse um cigarro,
Fumaria.
Se tivesse em um estádio,
Xingaria o jogador de ladrão.
Se tivesse um marido,
Jogaria a culpa de qualquer coisa,
No jardineiro.
Se gostasse de álcool,
Beberia um copo de leite,
Sem gelo.
Cansada que estou
Se fosse ao salão de beleza,
Pintaria o cabelo de preto,
E as unhas de amarelo.
Se fosse professora,
Picharia o muro da escola,
Escreveria na porta do banheiro.
Se fosse criança,
Comeria toda a comida do prato,
E escovaria o dente por conta própria.
Cansada que estou
Jogaria baralho alegremente,
Apostaria o que tenho e o que não tenho.
Se fosse um cachorro,
Lamberia os gatos da rua,
Pediria banho semanal.
Cansada que estou.
Cansei de mim,
Cansei do pensar,
Cansei do pesar,
Cansei do fazer,
Cansei de ser.
Cansei do que pode ser.
Cansada que estou
Estou... cansada.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Respeito

Me calei só aqui.
Lá fora gritei aos quatro ventos,
tirei minha espada da bainha,
galopei com os olhos fechados.

Sacudi a poeira,
Derrubei paredes,
Estanquei cortes,
Decepei medos.

Guerreei com meu próprio corpo,
minhas convicções,
minhas ansiedades.
Me pus ereta.
Olhos, ouvidos e lábios atentos.

Falei o que queria.
Chorei o que sentia.

Integra, sou confortável dentro de mim.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Em construção

Choro à toa
E por tudo
Tenho meu coração vivo,
E forte,
Como nunca.

Vejo à distância
Minha vida
Minhas palavras
Meus atos
Meus personagens
A distância aproxima.

Faço pouco de mim
Faço piada de mim mesma
A seriedade está dentro de quem quer.

Vejo tudo leve
Escuto, paro
Olho, paro
Sinto, paro
Saboreio, paro
Cheiro, paro

Vejo o teatro da vida passar
Vivo no palco o agora
Estou aqui
Estou lá.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Only

If you could only see my soul
Maybe you would understand the beauty of bird’s singing
The purity of leafs falling from the three and the magic dance that they make leaded by the win

If you could only see my soul
You would understand why I am the moon’s daughter
Why I never felt the snow on my tongue but I already miss it

If you could only see my soul
You would breathe the bright night as for the first time
You would dance under the stars like a little boy

If you could only see my soul
You would not find a name to call me
You would not find words to describe me

If you could only see my soul

terça-feira, 31 de março de 2009

Namaste

Não preciso de sua voz
De suas palavras,
De seus pensamentos em ondas sonoras.
Sua alma presente me basta.
Estamos na mesma sintonia,
Nela somos um só.
Sou tão você quanto você é eu.
E isso me basta.

terça-feira, 17 de março de 2009

Ata-me

Antes tivesse sido um canalha.
Tivesse sussurrado mentiras no meu ouvido
Tivesse sorrido indiscriminadamente para meus atos, minhas palavras
Antes tivesse pretendido me envolver de tal maneira que nem uma sucuri conseguiria ser tão eficiente
Tivesse cantado cantigas de amor.
Tivesse recitados poemas melosos.
Antes tivesse rasgado minha roupa
Tivesse dominado o escuro
Tivesse feito do seu o meu suor.
Antes tivesse em mim de tal maneira que não tivesse tido tempo de pensar,
E me desvencilhar a tempo
De ser eu mesma.

Muitas

Amo em mim o que sou no outro
Amo em mim o que sou
Sou quem penso que sou
Sou o que pensam que sou
Sou o que sinto pensando
Sou o não penso quando sinto
Sou o que penso não ser quando penso
Sou o que quero quando não penso
Sou quando não penso o que sou
Sou
Soul

segunda-feira, 2 de março de 2009

Run

Corro
Suo o tesão acumulado
Suo a cama vazia
Corro
Suo a língua imóvel
Suo a lingerie em desuso
Corro
Suo o corpo parado, encolhido
Suo o gozo solitário
Corro
Suo o que está por vir.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Tudo

Olhos azuis me perseguem
O primeiro disse que posso ser um pouco louca. Que tudo bem.
O segundo disse que não tenho medo de cair. “You are not afraid to fall. That is good”, disse ele.
O terceiro disse para eu nunca ter vergonha dos meus erros.
Quero os três.
Três seria um erro?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Como como

Não sinto fome.
Como o que vejo
Como o que escuto
Como o que cheiro
Como o que toco
Como o que sinto.

Earth

Assim como o Pequeno Príncipe, tenho meu pequeno planeta. Sua dimensão pode parecer limitada aos olhos adultos, mas dentro dele cultivo toda a imensidão da minha alma.
Nele cultivo o que penso, desejo, crio, e materializo minhas intenções e energias.
Atualmente tenho plantado amor, rego com sorrisos e adubo com compaixão. Lá nasceu um lindo jardim de flores do campo.
Cresceram com raízes profundas e, iluminadas pelos raios do sol, mostram as cores mais criativas já vistas.
Nada pedem, nada reclamam. Apenas são. E, sendo, são felizes.
Elas me sussurram que a alegria está de mãos dadas com o amor incondicional, que de tão puro e simples não ocupa espaço. Ele simplesmente é. E, sendo, é feliz.
Cada dia jogo mais sementes em meu jardim.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Be

Sou expectadora de mim
Sinto confortavelmente
Respiro
Respiro
Respiro

Me olho dançando
Abro os bracos para o mistério
Rodopio
Rodopio
Rodopio...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Bobagera

Hello People!
Falo como pobre na chuva
Ema ema ema
Cada um com seus problemas
Eu eu eu
Antes ele do que eu
Vai que eu to te vendo
Me mira mas me erra
Nem a pau juvenal
Se ajuda ne filho
So se for agora
No pique da Globo

Deep

Foi como conseguir me desvencilhar do fundo do mar. Como o primeiro suspiro fora da agua. Suspiro de alivio.
La no fundo o coracao batia descompassado, agitado, amargurado.
Batia por bater. Batia pra bater ponto.
Rodeada de perigos permaneci imovel o maximo que pude.
Vivi imovel.
Imovel fui.
As sereias nao me ajudaram, ao contrario, dancavam ao meu redor exibindo seus cabelos longos, suas silhuetas esguias, sua liberdade.
Tampouco as baleias. Enormes, proprietarias maiores de toda aquela dimensao.
Produziam barulhos dubios, pareciam me perguntar algo.
Talvez, “Por que voce segue aqui?”.
...
Foi num fim de tarde, quando os raios do sol quase nao mais atingiam minha profundidade, que vi.
Parecia um simples caramujo, algo banal…
De repente, quando resolveu explorar mais abertamente o territorio pude ver:
Cores fortes se mesclavam e brilhavam nos ultimos raios, destacando toda a majestosa sincronia com que ele andava, parecia dancar.
Olhou pra mim.
Sorriu.
Posso jurar que o caramujo me sorriu!
Foi quando vi que era minha hora.
Disse adeus.
Soltei as amarras.
As cores la fora me esperam.