quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Me conta!

Coleciono contas.
Agora as acumulo em minha agenda, unidas por um clipe bem lindo que ganhei.
Cada uma delas diz um pouco de mim:
Ok, falei demais ao telefone no mês passado.
Cancelando conversas longas!
Ok, preciso de tv a cabo, mesmo que sometimes passe a semana sem ligá-la.
Quem me conhece sabe: preciso ter a opção!
Ok, vou ter de pagar a capa de chuva “Casablanca” até abril (e quando usarei? Pin?).
Ok, a gastança com comida foi alta, mas dá um desconto aí tio, porque ela está deslumbrada com a capacidade de misturar ingredientes e torná-los comíveis.
E cada jantar foi um pedaço de vida degustado com tanto prazer...
Ok, gasolina ninguém merece. Meta para março: trocar de carro.
Anoto cada R$ 10 que gasto.
Eles mostram minhas prioridades, minha rotina, meu gosto.
O dinheiro está aí pra isso, pra nos servir.
O sábio o transforma em escravo, não vira escravo dele.
Para, por meio dele, acentuar a personalidade, criar novos caminhos, cortar o que é desnecessário, festejar.
Contando das contas.
Conto de mim!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Egoísta

Fiz as pazes com o vento.
Sigo reto enquanto convém.
Nos meus sonhos não existe rancor,
Saudade nem dor.
Só a paz da igualdade.

Não gosto de rimas.
Elas limitam minhas palavras
Montadas em asas.
Elas são a burocracia da poesia
Que vem do coração.

Sopra na noite meu amigo.
Felicidade é pra quem rima
Simplicidade com Realidade.
Que é disso que a vida é feita.
Do mágico do simples no que temos de real.

O irreal é para poucos
Meditantes, loucos,
Ou quem enfrenta o bom chá.
Louca, sigo querendo ser.
Meditante, o tempo me fará?
E o chá? Ah! O chá!